quarta-feira, 16 de abril de 2014

Acordo atrasada. Novamente.
Completamente desnorteada.
Tomo banho, troco de roupa. Sem enrolações.
Acabo transformando meus 40 minutos de atraso em 10.
Isso porque tenho a mania de acordar uma hora antes do necessário. Porque já prevejo que esse tipo de coisa aconteça. Com uma certa frequência.
Aos poucos vou entrando no horário habitual.
Como meia caixa de bis de café da manhã. Sim, logo pela manhã.
É o único alimento que tenho em casa. Não que eu não tenha dinheiro pra comprar comida. O que eu não tenho é tempo.
Ganho cinco minutos, o tempo de um café da manhã decente e tranquilo é contabilizado no meu horário oficial.
Enrolo, me atraso mais cinco.
E lá se foram duas horas do meu dia.
Saio pra trabalhar, passo e compro um café com leite no caminho. Com mais café do que leite, pra tirar o sono. Na verdade eu não gosto de café, nunca gostei. Tomo simplesmente como um remédio. Porque sei que não vou conseguir terminar meu dia sem ele. É como uma droga. Comecei a tomar pelo efeito, agora não consigo viver sem. Não consigo acabar o dia sem tomar meu café matinal, é como se faltasse algo, ou pior, como se eu fosse incapaz de fazer isso sozinha.
Talvez eu seja na maioria dos dias, pelo excesso de insônia durante a noite. Acordo igual um zumbi, e tenho um dia inteiro de trabalho e estudo pela frente. Mas mesmo quando eu durmo bem, ou na segunda, após ter dormido bastante no domingo, me sinto assim.
Chego no trabalho 4 minutos adiantada. Minha gerente chega 12 minutos depois para abrir a loja. Apenas nós duas ficamos lá a maior parte do tempo. A dona também "trabalha" lá, mas só depois do almoço, e em média três vezes por semana. Na verdade ela fica mexendo no facebook e conversando. Ela odeia atender clientes, em especial os da Galeria. Com uma certa frequência ela me pergunta se eu estou me sentindo irritada, e como a resposta é sempre negativa ela se mostra surpresa por eu sempre manter a calma com certas perguntas feitas por eles. Segundo ela ninguém no mundo merece ter que atender os clientes da Galeria. Não que eles sejam grossos, ou arrogantes, ou algo do tipo. Mas muitos são burros, ou querem vestir determinada camiseta apenas para "aparecer", o que é bem irritante. Eu apenas mantenho a calma e faço o meu trabalho.
Passei o dia inteiro arrumando o estoque. Empilhando camisetas em fila. Em ordem alfabética. De Arctic Monkeys à Within Temptation. De Amon Amarth à Venom. A loja que eu trabalho é uma das poucas no Brasil que se especializa em metal extremo. Mas vendemos outras coisas também. Por isso separamos o extremo (black/death/thrash) do clássico (rock/punk/heavy/power/etc). Mais camisetas chegaram, fazendo com que eu refizesse o que eu tinha feito antes do meio-dia. Foi um dia meio produtivo.
Saí meia hora mais cedo, às 6h. Minha chefe me mandou ir embora antes do horário pois não tinha muito movimento. Ganhei um ovo de páscoa também, pois a páscoa será nesse domingo. Ela é uma boa pessoa, eu gosto dela.
Cheguei em casa, deitei na minha cama. Não dormi, mas fiquei deitada, enrolando. Como se não tivesse mais nada pra fazer.
Saí atrasada pra faculdade, uns 20 minutos. Eu ia a pé, como sempre, mas decidi ir de metrô. Peguei o trem lotado e fui. Não teve nada importante, acabei cochilando no início da aula. Quanto tempo eu não sei, mas não por muito.
Passei no Habib's no caminho da volta e comprei esfihas. Hoje é dia de promoção então é bom aproveitar.
[...]
"Com insônia nada é real. Tudo fica distante. Tudo é uma cópia de uma cópia de uma cópia. Quando você tem insônia você nunca dorme de verdade e nunca acorda de verdade."

Posso dizer que essa frase define meus dias, e especialmente minhas noites.
Eu sou apenas uma pessoa viciada em música, baixista fracassada, metida a letrista e "riffmaker", sonho em ter uma banda e fazer uma turnê pelo mundo. Paralelamente também trabalho durante o dia como vendedora em uma loja na Galeria do Rock e faço faculdade de Letras com habilitação em Tradutor e Intérprete à noite. E ás madrugadas... Bem, eu escrevo e me dedico ao meu grande vício, a música.
Também gosto de beber, excessivamente. E de comer bem, também em grandes quantidades. E por incrível que pareça eu amo dormir. Excessivamente. Assim como tudo em minha vida.
Quando tenho tempo livre para descansar, geralmente aos domingos, eu hiberno. 14 horas seguidas, em média. Acho que isso compensa todo o sono perdido durante a semana.
Também vou muito a shows. É o meu programa preferido para os fins de semana (e durante a semana também, por que não?).
Acho que isso é basicamente tudo o que tenho a falar sobre mim. Nesse blog pretendo postar textos e letras de minha autoria, com a simples intenção de que eles não se percam novamente nas profundezas do meu computador.